sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Com que bolsa eu vou?

Não existe na história referências de como teriam sido as primeiras bolsas. Provavelmente os povos nômades da pré-história já utilizavam sacos para carregar seus pertences, a pele dos animais caçados era usada como cobertura de abrigos improvisados, vestimentas, calçados rudimentares e provavelmente bolsas.
Criadas para guardar pequenos objetos, elas revelam a personalidade de quem as carrega . Usadas inicialmente presas à cintura de homens e mulheres, no século XIX passaram a fazer parte exclusiva do guarda roupa feminino, e atualmente observa-se uma expressiva manifestação masculina no que se refere ao uso das bolsas.
As bolsas assim como outros ítens da vida diária se adequam aos tempos. Ora ornamentadas, ora mais simples, mas sempre práticas, as bolsas revelam-se como um objeto de estudo à parte das transformações sociais e dos costumes. Não importa a época da história, o que a maioria das pessoas querem é "andar na moda". Então, seguem ai as tendências em bolsas para o verão 2011.
No mundo da moda a democracia resolveu imperar e teremos modelos para os mais variados tipos de gosto:


Como Usar:
  • As baixinhas e gordinhas devem optar pelos modelos medianos, por mais tentadoras que sejam as bolsas enormes não favorecem as mulheres com esse perfil;
  • O modelo de bolsa das famosas é perfeito para mulheres de quadril avantajado, já que as bolsas de alças curtinhas são grandes aliadas no disfarce do mesmo;
  • As cores da estação são as neutras (as coloridas não estão descartadas, como falei a democracia imperou nos modelos de bolsa do verão 2011), o couro nos tons marrom camelo e nude são a grande aposta para o verão 2011, que também promete valorizar muito os modelos artesanais (palha, sisal, ráfia);
  • A bolsa não precisa combinar com o sapato, então seja criativa e fuja de produções combinadinhas;
  • As bolsas carteiro, uma das grandes tendências do inverno 2010, se encaixam perfeitamente na próxima estação, basta tirar a alça grande e usar as de mão.
E para os meninos? 



Para alegria dos homens, bolsas, pastas, mochilas e demais acessórios estão em alta nas passarelas masculinas. E é cada vez mais visível a importância que esse público dá a eles.
Os couros aparecem nas mais diferentes texturas e cores e, em várias situações, combinados com outros materiais, como tecido, lona ou juta. Os formatos mais comuns são as bolsas no estilo carteiro, as malas que lembram as de viagem e as populares sacolas de compras, que fazem sucesso com seu corte reto. Entre as cores, as terrosas destacam-se, mas há espaço para branco, azul, cinza e preto.
Prometo para uma próxima vez, me deter mais sobre o assunto da bolsa como acessório masculino.
Então... boa sorte e bom verão para vocês.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Criatividade: Lavousier era fashion?



Antoine Lavousier, aquele considerado o pai da química moderna, andava na moda? Era bonitinho? Para os padrões atuais não, mas para a França do século XVIII sim. Lavousier era sabido, isso sim. Antecipou a regra geral da moda atual: criatividade.


Para os estudiosos criatividade é:
1.   “é o processo de mudança, de desenvolvimento, de evolução na organização da vida subjetiva". ... Ghiselin (1952)
2. Capacidade criadora; aptidão para formular idéias criadoras; originalidade; engenho.
3. Processo intelectual cujo resultado é a projeção de idéias novas.
O brasileiro é criativo. O alemão, o japonês, o africano, o francês... Sabe aquela idéia de que se você tem um limão você tem de fazer uma limonada? Criatividade é você ter um limão e fazer um banquete. As crianças, elas sim, são criativas. Inventam brinquedos, brincadeiras... e outras coisas mais.


Para Lavoisier e sua Lei da Quimica, “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” Logo, tudo que existe, vem de algo que já existia, em outra forma, outra maneira, de forma criativa.
Fazendo pesquisas no mundo da moda, você se depara com milhões de informações, espanta-se com a capacidade criadora de estilistas, designers.  Na vida rotineira, as pessoas são inventivas e adaptam à sua realidade o mundo que as cerca. Essa é a organização da vida subjetiva de que falava o estudioso acima.
O processo criativo transforma a moda em show. Amo os trabalhos de Ronaldo Fraga, Isabela Capeto, Alexander McQueen, Jum Nakao, Kenzo... mas também das bordadeiras de Minas, Bahia, Pernambuco. Os sapateiros, oleiros, costureiras. A criatividade dos anônimos.
Adaptei as bolsinhas em forma de saquinhos pesquisadas na internet à minha realidade. Nelas está a minha carga criativa, está o meu olhar sobre o que vi nos sites, no Google. Olha elas ai:

Saquinhos Dupla Face

Saquinho Dupla Face (aberto e fechado)

As bolsas para lap top, carteiras, porta moedas e portas celulares, seguem o mesmo raciocínio. O que fazer com tanto resto de tecido? Transformá-los de forma criativa:

Sacolas para lap top


Sacola para lap top (detalhes do forro interno)


Portas celulares, organizadores e portas moedas

Conclusão: as afirmações de Lavousier estavam corretas: “ (...) no mundo nunca se cria nem se elimina (...)  apenas é possível transformar uma forma em outra. Portanto, não se pode criar algo do nada".
Sabido e na moda esse Lavousier, não?

domingo, 24 de outubro de 2010

Nadismo

Hoje é domingo, dia do nada fazer, dia de rede e de ócio. Vou reabastecer as turbinas para a semana.

sábado, 23 de outubro de 2010




Somos assim? Somos humanos. A óbvia constatação salva-nos de questionamentos e inquietações e embora pareça uma visão simplista, é o que, pelo menos, eu posso oferecer ao mundo nesse momento.
Hoje estou baianamente nublado, a despeito do sol a pino e do céu de brigadeiro faltam a mim certos argumentos para postar. Por "baianamente nublado", entenda-se aqueles dias em que você: acredita que o mundo é bom, que a tolerância é necessária, que o ILÊ sobe a ladeira do Curuzu, embora questionamentos e dúvidas tenham o poder maior de te fazer parar... sim, estou assim hoje e blá, blá blá... Queria ter muita coisa para dizer mas... sou humano.
Bom, na última postagem prometi que falaria das minhas Ecobags enfeitadas com Abaiomys. Então vamos lá.


As ecobags (não gosto muito deste nome), na verdade, minhas Levam Tudo (acho esse nome mais apropriado) são resultado de um trabalho que, a princípio,  não deu certo. Calma! Eu explico. Faz um tempo, um francês tipicamente truqueiro (gente que faz truque, e nem sempre para o bem do outro), apareceu na minha frente com a encomenda de umas embalagens para transportar vinhos, pois este era o material de trabalho dele. Saí todo feliz com a possibilidade de uma grande encomenda e fui à cata de material e de orçamentos. Fechamos uma encomenda de umas duzentas embalagens, mas antes ele queria seis ou oito sacolas, pois ia a Recife apresentar o produto dele para comerciantes locais e depois faríamos as tais sacolinhas. O cara me deu umas quatro garrafas de vinho (devida e deliciosamente degustadas na ocasião propícia, e creiam que tinha um porquê). Pois bem, levou as seis ou oito sacolinhas para Recife, e "no truque" nunca mais apareceu... Escafedeu-se, e eu fiquei com o material encalhado e um grande sentimento de frustração.
Em uma outra ocasião, uma deliciosa amimã (resultado da hibridez da amiga/irmã), apareceu na minha casa com uma bonequinha comprada em São Paulo: uma abaiomy. A abaiomy, segundo pesquisei representa um espírito protetor e em iorubá significa "o presente que eu trouxe para você"; e é uma bonequinha feita com malha e nós de amarração.As vestimentas e o torço que enfeitam a boneca são feitas com sobras de malhas que eu tinha em casa sem nenhuma razão aparente, pelo menos naquele momento.
Como bom baiano, brasileiro, devoto e superticioso, acho linda essa idéia de algo que nos proteja nestes dias de cão em que vivemos, e daí, ao saber das abaiomys, não deu outra: sai fazendo abaiomys às pencas e quando vi tinha em minha casa um exército de bonequinhas.
Resumindo: a bonequinha de malha feita com nós de amarração enfeita as minhas Levam Tudo, que são resultado do material que comprei e que ficou encalhado por conta do francês truqueiro.
Assim é a vida! Em determinadas horas acontecem coisas e ficamos cheios de porquês... e nos angustiamos até não mais podermos: comemos, bebemos, fumamos e somos uma mina de ansiedade. Em uma hora as coisas se arrumam e a gente se aquieta. O negócio é saber esperar a sua vez na fila. Um belo dia, acordei inspirado e vi que tinha naílon setenta (o material comprado para fazer a sacola do francês), tecidos comprados num momento de completa insanidade e surto e muitas abaiomys feitas e guardadas numa caixa. Deu nas Levam Tudo, e isso me fez filosofar...
Vou postar outras fotos de minhas Levam Tudo para vocês e espero que gostem e vou arrumar as minhas coisas, pois hoje tem feira de artesanato do Instituto Mauá no Jardim Armação (Pituba) e começa às 16:00 h.
Beijocas.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Olá!!!

Bom dia. Hoje o dia amanheceu festivo: sol, céu azulzinho e muita luz adentrando a janela meu quarto, tanto é assim que eu estou aqui a escrever. Será a ansiedade dos iniciantes que toma conta da minha alma de forma avassaladora?
Bom, pensando ainda na "ditadura da ecologia" sobre a qual falamos antes, andei passeando pela net e fiquei na viagem de que seria uma loucura se fôssemos obrigados a andar por ai literalmente vestidos de verde. Olha para isso!


Imaginem como seria terrível. Penso assim: com que roupa eu vou ao samba que vc me convidou?????
Na mesma linha andam os carros:


A idéia do fusca alimentada por capim não é de todo ruim, mas será que as montadoras iriam permitir? e os combustíveis??? Os mecânicos??? O meu iria odiar, eu mesmo ia alimentar carrinha (meu fiel escudeiro em forma de um fiesta 2000).
Bom, mas deixemos de lero-lero. Grito para o mundo ouvir que dentro em breve irresistíveis ecobags feitas em parceria com a designer gráfica Márcia Menêses, minha vizinha e amiga, dona da cadela mais festeira da Bahia vão chegar ao mercado. Estamos bolando peças maravilhosas e espalharemos pelos points mais descolados da cidade e o melhor: a idéia é vender baratinho.
Pois é, falando em ecobags, fucei muito e vi as da Lanvin. Chique....
Um dia chego lá! Lembra daquele papo de perseguir os sonhos???? Eu vivo correndo atrás dos meus, corro mesmo. Não tem surtido muito efeito essa corrida, continuo acima do peso (rsrsrsrsrs), mas deixemos de blá, blá, blá...
Os mimos acima, confeccionados em " lona e num estilo super tropical" segundo a fonte pesquiada, saem por 700 dólares. Garanto a vocês, que as minhas e da Marcinha sairão muito mais baratas, mas muito mais ou tão quanto criativas.
Por enquanto, e seguindo o mesmo raciocínio, vamos nos deliciando com o Saco Africano e a Bolsa Meia Lua que produzi aqui (insisto que eu aceito encomendas), elas seguem a mesma linha do ecologicamente correto e vão matar as suas amigas, inimigas e desconhecidas de inveja.


No que eu fico a dever aos meus concorrente??? Em NADA, mas vai desculpando aí,  viu galera da Lanvin, minhas peças vão bombar também neste verão.

Por falar em verão.... fica aí a imagem de que nesses dias queremos mais é isso: sombra e cerveja gelada....
 Fique com imagens das ecobags enfeitadas com as bonequinhas abayomi. Falo sobre elas de uma próxima vez..
Beijocas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A MODA É ECOLÓGICA!


Diante dos novos paradigmas impostos à sociedade de consumo, fica mais na moda ser ecologicamente correto do que ser ecologicamente correto de verdade.
Roupas, bolsas,sapatos,cuecas e calcinhas... Para se estar de bem com a vida, não agredir o planeta, você tem de andar vestido de folha, e é justamente por conta disso que vemos a cada dia mais e mais aberrações a um preço exorbitante nas vitrines dos shoppings das grandes, médias e pequenas cidades (isso, para aquelas que tem shopping, galeria, etc).
Bom era o tempo em que a gente colocava uma velha calça jeans, com uma nesga colorida (quem tem mais de 45 e não usou que atire a primeira pedra), uma bata de murim vagabundo e éramos “reconhecidamente diferentes”.
Quero andar no caminho da “nesga” e oferecer produtos ecologicamente corretos, criativos e exclusivos, tudo isso a preço justo e que te diferencie das “árvores andantes” com as quais tropeçamos diariamente.
Seguem abaixo alguns modelos de bolsas que coadunam com estas idéias:




MAXI BOLSA EM TECIDO DE BAGAÇO DE COCO COM COURO ECOLÓGICO NA BASE. BOLSOS EXTERNOS COM FECHAMENTO EM BOTÃO DE PRESSÃO E SUPER BEM DIVIDIDA INTERNAMENTE. 120,00 r$
DETALHE DE FORRO DA MAXI BOLSA
MAXI BOLSAS EM PATACHWORK FEITAS COM MOSTRUÁRIO DE TECIDOS PARA FORRAÇÃO DE ESTOFADOS. PEÇAS EXCLUSIVAS, MOSTRANDO DUAS FORMAS DE FECHAMENTO.








quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PODE SE APROXIMAR

SAUDAÇÕES!


MEUS PRIMEIROS PASSOS NESTE  INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO SE INICIAM COM UMA PITADA DE PARCIMÔNIA, MUITA CURIOSIDADE E UM INFINDÁVEL DESEJO DE ALCANÇAR A DIVERSIDADE. RENATO SCHETTINI , RAIZ SICILIANA, TROUXE AO LONGO DA MINHA CRIAÇÃO AQUELE RUIDO, BASTANTE PECULIAR DA MÁQUINA DE COSTURA: AVÓ, MÃE E TIAS IMERSAS  EM UM UNIVERSO DE CRIATIVIDADE. ALGUNS ANOS COMO PROFESSOR DE HISTÓRIA FORAM SUFICIENTES PARA QUE EU NÃO HESITASSE EM SEGUIR A MINHA VERDADEIRA VOCAÇÃO: DESIGN.


SEJAM MUITO BEM - VINDOS!




RENATO SCHETTINI


SÓ PARA COMEÇAR, SEGUEM ABAIXO ALGUNS MODELOS DE BOLSAS...


SAQUINHOS AFRICANOS E DISCOS DE PATCHWORK
AMY PATCHWORK P e G

DETALHE DE BOLSO