segunda-feira, 19 de março de 2012

Reflexões sobre a inter-relação de ideias entre Domenico De Masi e minha avó Anita.

Olá meu povo, ando sumido daqui pois o trabalho tem exigido dedicação exclusiva, mas sempre penso no  blog e da vontade de trazer uma informação a mais para quem o lê, pois, das trocas de informações nos formamos como seres pensantes.
Refletindo sobre as idéias de Domenico De Masi,  sociólogo italiano e um dos mais conceituados e polêmicos teóricos das modernas relações entre o homem e o trabalho, me dei conta de que Dona Anita, minha saudosa avó,  é que sabia das coisas. Eu já explico tudo isso.
Domenico De Masi defende a tese do "Ócio Criativo". Segundo ele, o ócio criativo, está associado à criatividade, à liberdade e a arte. As máquinas, por mais sofisticadas que sejam, não poderão substituir o homem nas atividades criativas. Desse modo, o futuro pertence àqueles que forem mais capazes de oferecer serviços do tipo intelectual, cientifico e artístico, adequados às necessidades variáveis e personalizadas dos consumidores.  




Domenico me fez voltar à infância. Aos tempos em que eu ficava fascinado com o colorido das colchas produzidas pela minha avó, mãe e tias que depois dos afazeres domésticos se entregavam "ao ócio" e juntando retalhos teciam colchas de casal e solteiro que enfeitavam as nossas camas e muitas vezes engordavam o orçamento doméstico. Este foi o meu primeiro contato com o patchwork
Sabe aquela colcha ou almofada que nos remetem ao colo, ao carinho, doçura  e cuidados das nossas avós? Feitas de pedacinhos de tecido? Eis o patchwork: técnica  que une tecidos com uma infinidade de formatos variados, e vem sendo aprimorada desde a Antiguidade. 



Existem registros históricos de que o homem faz acolchoados desde que aprendeu a tecer. No século IX a.C., os faraós já usavam roupas com técnicas similares. Existe uma versão de que esta técnica foi levada por comerciantes para o antigo Oriente, depois viajou para a atual Alemanha, até que chegou à Inglaterra no século XI.
Os peregrinos, colonizadores dos Estados Unidos, que fugiam da Inglaterra devido a perseguição religiosa, levaram este artesanato para o Novo Mundo. Estes colonizadores eram muito rígidos e as mulheres eram incentivadas a fazer trabalhos manuais para que o “demônio” não tivesse espaço em suas mentes. Estas mulheres só tinham permissão para sair de casa em duas ocasiões, para ir a igreja ou para ir às reuniões de quilteiras (quilting bees). 



Com a invenção da máquina de costura caseira em 1846, o patchwork e quilt passou a ser feito tanto à máquina quanto à mão. Após a segunda guerra mundial quando diversas mulheres foram trabalhar em indústrias e no comércio, houve um esquecimento do patchwork e quilt. 
Na década de 70 houve um ressurgimento do patchwork e quilt, quando foram desenvolvidos diversos acessórios e instrumentos, como réguas e cortadores especiais, que, aliados ao uso da máquina de costura deram mais velocidade ao patchwork e quilt permitindo adaptar este trabalho manual ao ritmo de vida corrido do século 20 e 21. A indústria têxtil também passou a desenvolver estampas e cores especiais para o patchwork e quilt o que tornou infinita a paleta de cores e estampas tornando tecidos em uma espécie de tintas e os quilts em verdadeiras obras de arte. Por isso hoje em dia o patchwork e quilt é considerado mais que um artesanato, é considerado também uma arte. 





E não é que Dona Anita, na sua casinha simples em Poções, estava antenada com as idéias defendidas do De Masi e que sacudiram a lógica capitalista moderna? Danada esta minha avó. Ela fazia patchwork. E foi da minha avó, da minha mãe e dos meus tios alfaiates que eu transformei meu oficio em prazer e dele vivo. 
Dessa maneira, sinto que a minha arte, que para muitos é resultado do ócio, se enquadra perfeitamente nas ideias de Domenico. Fazer, criar, inventar e me sustentar com isso me dá a certeza de que fiz certo ao deixar as salas de aulas. Minha produção, exposta em lojas de São Paulo, Rio de Janeiro, Jericoacoara, Porto de Galinhas, Salvador e Porto Seguro só me fazem ter força para ir adiante.
Eis aqui o resultado da influência de Dona Anita e Dona Elza (avó e mãe) exposta para vocês:







quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sobre a complexidade da alma e sua relação com os organizadores de bolsas.

Guarda-Me, Como a Menina dos seus Olhos.  
Ela é a Tal, Sei que Ela pode ser Mil, Mas não existe outra igual. (Chico Buarque)

Dos muitos poetas brasileiros,  Chico Buarque é aquele que na minha modesta opinião escreve sobre a alma feminina com maestria e entendimento. O desamor , o abandono, o adultério, a espera do amor por quem nunca amou, a dor da traição... Chico entende de mulher como poucos.
A mulher é uma esfinge. Misteriosa e complexa, é na maioria dos casos mais humana que os homens. Será que nós homens entenderemos a complexidade das mulheres um dia?
Percebo nas ruas, nos shoppings e pelos lugares que ando que os homens estão mais atenciosos, mais cavalheiros, cuidam das suas mulheres com mais carinho. Mas, por mais que tenham avançado, tem muita coisa que os rapazes simplesmente nunca entenderão. Acham divertido, pitoresco... mas,  na verdade não entendem.
Observe a cena retratada abaixo:


Pois é! se o universo feminino é complexo, a visão de muitos homens sobre este universo é um desastre.
Entender o fascínio que a mulher tem por bolsas e sapatos, é uma coisa que esta longe da compreensão de muitos homens. Concordam? 
Outra pergunta recorrente é sobre a quantidade de coisas no interior das bolsas femininas. Qual a utilidade de tanta coisa??? É bolsa dentro da bolsa, mais uma bolsinha, e outra bolsa que guarda aquela bolsinha essencial.




Pois é, a ideia do ORGANIZADOR DE BOLSAS é justamente esta. Ajudar para que as coisas fiquem mais fáceis. O organizador de bolsas serve para agrupar todos aqueles pequenos objetos (chaves, batom, maquiagem, celular, pendrive, caneta, crachá, carteira, fones de ouvido, mp3, carregador de celular) que ficam jogados e perdidos dentro das “pequeninas” bolsas femininas
Eis ai a ideia do que é um ORGANIZADOR OU REFIL DE BOLSAS , pois é só transferir ele com todos os seus pertences dentro, para a bolsa que você vai usar no dia.
Sua bolsa vai ficar sempre organizada e você saberá exatamente onde estão todas as suas coisas!


Pois bem rapazes, depois desta explicação tão bem ilustrada, você vai tirar onda, pois de uma próxima vez, quando a sua companheira pedir-lhe algo que esta dentro da bolsa dela, você vai encontrar tudo organizado e ao alcance da sua mão.
Pois então, veja ai os organizadores que ando produzindo e agora que todo mundo sabe a utilidade que ele tem, é só entrar em contato e pegar o seu que pode ser encontrado nas versões grande e médio.











quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Bolsas para o carvaval

Comentei aqui que ando pesquisando coisas novas. A pessoa que trabalha com design tem de fazer disso seu exercício diário. Confesso que hoje eu estava pouco inspirado! Daí me ocorreu pesquisar sobre o tema do momento: o carnaval.
Fui para a net, mais precisamente no google e comecei a pesquisar sobre "Bolsas para o Carnaval", depois avancei para adereços. Sempre a mesma coisa: muita pluma, pena, paetê... sacolinhas transversas. Mas aos poucos fui vendo que o povo é bem criativo no quesito fantasia. Olha o que eu encontrei:

 Acredito que esta é a linha das mulheres que frequentam festas de clubes, bailes tipo Gala Gay e etc, imagino que enfrentar as ruas da cidade montada de perua é complicado. Se voce tem coragem, perna e calcanhar suficientes, encare.

 O look acima fica mais legal para garotinhas não é mesmo? Mas vamos concordar, o carnaval é a festa do vale tudo, manda ver, te mete numa produção e te joga. Mas não entra nesta de adereço com poás (o broche com penas) e deixa a galinha d'angola em paz, tá?
 Este modelito é lindinho, mais para bandinhas, bloquinhos de rua. Não encare um trio elétrico com isso não. Bababos, sapatilhas, corpetes... pode ser perigoso.

Use a sua imaginação e faça bom proveito se resolver sair com figas tão enormes, mas não reclame depois.
Se você pode, mas pode muito (poder mais ou menos não vale), se tem coragem  para arcar com as consequências, inclusive as físicas, lança mão das ideias abaixo e encara a avenida com os psiricos, bronkkas, saiddy bamba, chicletes (mesmo com a corda decantada por Bell Marques) e outras coisinhas lights do carnaval da cidade. Vá lá! Pinte o corpo.









Bem meu povo, eu criei juízo. Vou ficar em casa, trabalhar, criar peças novas, é mais seguro. Tchau.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Voltei.

Olá meu povo! Boa noite para quem é de boa noite. Voltei. Passei um tempão calado, amadurecendo as idéias, alimentando o espirito e criando. Dei uma renovada, uma revirada, uma reviravolta.... cambalhotas. Brinquei, viajei, enchi o olhar de coisas interessantes, pesquisei... e resolvi que é hora de voltar à ativa.
Escrever, filosofar, analisar, falar coisa séria e abobrinha também, afinal, seriedade demais mata. Mata a alegria, a criatividade, o sonho... Focar e produzir. Minhas metas para 2012.
E foi isso que eu fiz, criei muita coisa:  porta moedas, organizadores de bolsas, lixeiras de carro e uma infinidade de coisinhas necessárias para colocar cor nas nossas vidas. Vejam ai, mais adiante postarei mais fotos das minhas peças novas.


                                                         Porta moedas de patchwork



                                              Maxi bolsa de patchork e organizador de bolsas.

                                                   

                                         Bolsa Soleil em Patchwork com alças de couro vegetal



                                      Maxi bolsa de patchwork com base e alças em couro vegetal

                                    Detalhe interno de bolsa com organizador by Renato Schettini


                                                    Lixeira para carro com forro em plástico


                                                     Lixeira para carro com forro em plástico


                                          Bolsinhas em patchwork para organizar sua bolsa.


                                               Sacos africanos pequenos em  patchwork


                                                      Saco africano pequeno em  patchwork

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ainda...



Sem nenhuma vontade de postar. Chegará o tempo de romper o silêncio e de dizer algo que valha a pena.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

...Dias de quietude...

Sabe o que é bom nisso tudo? Não ter que ter a "responsabilidade diária" de postagem. Estou quieto, pensando, criando.
Quando for a hora certa e que tiver algo legal e de importância para comentar, o farei. Estou assim.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

... E agora eu uso bolsa masculina , e sou o mesmo homem de sempre…

Olá minha gente do bem. Lembro que prometi a vocês que escreveria algo acerca do uso das bolsas masculinas, estão lembrados? Fui pesquisar sobre o tema e  deparei - me com um texto escrito pelo Edgard Almeida e postado no "Fashion Bubbles", resolvi transcrever algumas partes  e adcionar ao texto imagens pesquisadas na net e também enviadas por um amigo que entende do riscado. 

Segundo o Edgard, "a questão mais controversa da moda masculina é se homem pode ou não usar bolsa". Bolsa mesmo, basta observar as lojas nos shoppings da cidade. Se depender da visão e da vontade do povo que trabalha com a moda, o acessório já pegou. Mas será que todo mundo concorda com essa idéia? Segundo o Edgard, não. Ele postou no blog algumas opiniões de leitores:
"Na Holanda também usam, principalmente em cidades modernas como Rotterdam, eu tenho uma grandona e uma mais normal. Acho que tem seu charme e elegância, sem contar na praticidade! deveriam impulsionar isso aqui no Brasil".

Mas a maioria dos leitores é definitivamente contra o uso das bolsas pelos homens:
"Prefiro mochilas chiques e grandes, mais masculinas bolsa não fica legal não". 
"A bolsa descaracteriza o “look homem”.


"Andar com estilo sim, elegância não pode faltar, mas andar de bolsa já é uma coisa gay demais para o homem moderno, já vi sim muitos homens (que não considero macho) andando de bolsa por ai, e acho ridículo".

"A moda masculina é feita para passar imponência , elegância, educação,virilidade e as vezes um pouco e malandragem, homem que é homem não usa bolsa, usa carteiras elegantes, pastas e até mochilas".
Visões preconceituosas à parte, Edgard afirma que na língua inglesa "uma bolsa masculina é manbag, nunca purse". Ele nos chama a atenção para um slogan usual na língua inglesa: “If it’s not a Man-n-Bag, it’s a purse” (Se não é um homem-saco, é uma bolsa). Observando lojas, vitrines, buscando as revistas especializadas e publicações de moda, surge uma questão: é possível diferenciar uma bolsa masculina de uma feminina? Triste questionamento... Difícil de responder, né?


O resumo da ópera é o seguinte:
  • Independente de país, região ou cidade, o uso da bolsa é mais uma questão de praticidade e de atitude.
  • Parece-me que fora do Brasil, ou nos grandes centros brasileiros, o uso da bolsa é uma coisa comum.
Eu particularmente acho que cada um no seu cada qual, como me ensinou a minha avó. Uso bolsa e usarei. Faço bolsas e farei. Então rapazes, me aguardem... quem sabe vem por ai uma coleção focada nos meninos? Fico por aqui.
Beijos.


Em tempo: Edgard Almeida. Consultor e palestrante nas áreas de Planejamento Estratégico, Mídia Digital e Planejamento de Carreira.   http://www.myfashionbubbles.com/profile/edgard